domingo, 2 de junho de 2013

Teste de conhecimento!

Após conhecer um pouco mais sobre Gil Vicente, teste seus conhecimentos respondendo as questões abaixo. 

01.Sobre o humanismo, identifique a alternativa falsa:

a) Em sentido amplo ,designa a atitude de valorização do homem,de seus atributos e realizações.
b) Configura-se na máxima de Protágoras  "O homem é a medida de todas as coisas".
c) Rejeita a noção do homem regido por leis sobrenaturais e opõe- se ao misticismo.
d) Designa tanto uma atitude filosófica intemporal quanto um período específico da evolução da cultura ocidental.
e) Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará, e de que só a transcendência liberta o homem de seu insignificância terrena. 

2. Aponte a alternativa correta em relação a Gil Vicente:

a) Compôs peças de caráter sacro e satírico.
b) Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal.
c) Escreveu a novela Amadis de Gaula.
d) Só escreveu peças em  português .

e) Representa o melhor do teatro clássico português 

3. Caracteriza o teatro de Gil Vicente:

a) A revolta contra o cristianismo
b) A obra escrita em prosa.
c) A elaboração requintada dos quadros e cenários apresentados.
d) A preocupação com o homem e com a religião.
e) A busca de conceitos universais.

4. Como se caracterizava o teatro de Gil Vicente quanto ás personagens?


5. No teatro de Gil Vicente ,ocorre uma crítica social relacionada a seu respeito;

a) Os personagens ilustram a classe social da época
b) Gil Vicente não lamenta a perda de valores.
c) Gil Vicente Prega um cristianismo mais humanizado.
d) A crítica social do teatro vicentino é impiedosa. Não escapa qualquer comportamento que o autor julga inadequado: o adultério, a falta de sentimento religioso, a hipocrisia, o excessivo apego aos bens materiais, a vaidade.
e) Nem uma das alternativas anteriores.


Respostas:

Questão 1: resposta correta (E)
Questão 2: resposta correta (A)
Questão 3: resposta correta (D)
Questão 4: As  personagens não se distinguiam como indivíduos: eram do  tipo que ilustram as classes sociais da época. Eram identificado quase sempre pela ocupação que exercem ou por algum traço social.Essas personagens compõem um painel da sociedade da época
Questão 5: resposta correta (D)

Fonte:  Livro, Volume único Língua e Literatura para  2°  grau, de Faraco e Moura.
 

sábado, 1 de junho de 2013

Projeto de Literatura através de blog.

O projeto a seguir é baseado na criação do blog de literatura em que descreve as etapas de criação e os objetivos do mesmo.


INTRODUÇÃO


 A criação de um blog literário foi uma forma de divulgar a literatura portuguesa através de uma das ferramentas mais usadas nos dias atuais: a internet.  Com o avanço da tecnologia, tornou-se acessível obter informações dos mais diversos assuntos. A grande questão é como criar conteúdos que tratem de assuntos literários, através de uma abordagem crítica, mas também atualizada para que atinja um público diversificado.


OBJETIVOS


O projeto tem por objetivo, transmitir conhecimento e cultura sobre temas literários, através de redes sociais. Colocando o projeto em prática, foi criado um blog que tem como tema principal o teatro de Gil Vicente. Biografia, obras e curiosidades relacionadas ao autor, foram disponibilizadas para os leitores como forma de informação e cultura sobre um assunto de tamanha importância para a literatura.


JUSTIFICATIVA


Divulgar a literatura através das redes sociais, e fazer com que haja integração e transmissão de conhecimento para os leitores do blog, mostrando também que é possível obter esse tipo de conteúdo de um modo simples e prático através de pesquisas rápidas na internet.


DESENVOLVIMENTO




1° passo: A escolha do tema

Como princípio de projeto, o tema escolhido foi Gil Vicente, por se tratar de um assunto referente a disciplina de literatura portuguesa.

2° passo: Criação do blog

Como parte essencial do projeto, era necessária a criação do blog, como um meio para a divulgação do conteúdo.

3° passo: Pesquisa do conteúdo

Após a criação do blog, foi feita a realização de pesquisas sobre biografia, obras e outros assuntos relacionados a vida do autor, através de livros e pesquisas na internet.

4° passo: Postagem e divulgação do blog

Após a pesquisa, todo o material adquirido foi publicado diariamente no blog, e em seguida, divulgado por meio de redes sociais (Facebook, Google +, Twitter, etc.).




Resultados esperados


Com o avanço das tecnologias, a internet tornou-se uma ferramenta chave para pesquisas dos mais diversos assuntos, pela facilidade e eficiência que proporciona para seus usuários.  O projeto foi realizado com o intuito de incentivar a leitura e compreensão de temas literários, normalmente visto em livros, e que agora podem ser acessados através de redes sociais de uma forma mais simples e eficaz.

A cada postagem de um determinado conteúdo, espera-se que os usuários expressem suas opiniões, através de comentários no próprio blog. É importante ressaltar que, ao estudar o conteúdo postado, o usuário não só pode obter conhecimento sobre o tema proposto, mas também adquirir uma análise crítica sobre ele.

A abordagem foi feita da seguinte maneira: Falar sobre o autor Gil Vicente e apresentar sua vida e obra de uma maneira dinâmica, que possa ser usada no cotidiano, como indicações de livros, documentários que retratam sobre a fase de Gil Vicente no Humanismo e sua biografia. Dessa forma, é possível uma interação maior com assuntos que muitas vezes tornam-se cansativos por serem muito extensos e de difícil compreensão.

A troca de informações sobre o blog tornou-se mais fácil por estar sempre entre as redes sociais, facilitando sua divulgação e acesso para todos os usuários. O público alvo que se pretende atingir é diversificado, tanto pessoas que já tinham um senso crítico formado para o tema, quanto àquelas que tinham um breve conhecimento. Espera-se que todos os leitores do blog tirem conhecimento sobre essa parte tão importante para a literatura, e que a mesmo tempo se interessem em buscar também nos livros outras figuras literárias para abranger o conhecimento de cada um.
















































quinta-feira, 30 de maio de 2013

O Auto da Barca do Inferno O Filme parte 1

  Grupo de jovens fizeram um filme contando de forma bem humorada, a obra Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Apesar de ser amador, ficou muito bom! Assistam e comentem.

Auto da Barca do Inferno (Gil Vicente) por Studios Ligtning


Parte 1:



Parte 2:







quarta-feira, 22 de maio de 2013

A Farsa de Inês Pereira



Como uma de suas principais obras, A farsa de Inês Pereira tem um grande destaque na carreira de Gil Vicente.  Na época, muitas figuras palacianas duvidaram que Gil Vicente não fosse o autor legal das peças escritas com seu nome e em vista disso, pediu para que aqueles que o acusavam dessem um tema para que ele pudesse, sobre ele, escrever uma peça. Deram-lhe o seguinte ditado popular como tema: Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube. No auge de sua carreira dramática, sobre este tema, Gil Vicente criou A Farsa de Inês Pereira, respondendo assim àqueles que o acusavam de plágio. A peça foi apresentada pela primeira vez para o rei D. João III, em 1523.

Ao apresentá-la, o teatrólogo português diz: "A seguinte farsa de folgar foi representada ao muito alto e mui poderoso rei D. João, o terceiro do nome em Portugal, no seu Convento de Tomar, na era do Senhor 1523. O seu argumento é que, porquanto duvidavam certos homens de bom saber, se o Autor fazia de si mesmo estas obras, ou se as furtava de outros autores, lhe deram este tema sobre que fizesse: é um exemplo comum que dizem: 

Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube. 

E sobre este motivo se fez esta farsa."

A Farsa de Inês Pereira é também considerada a peça mais divertida e humanista de Gil Vicente. O aspecto humanístico da obra vê-se pelo fato de que a protagonista trai o marido e não recebe por isso nenhuma punição ou censura, diferentemente de personagens de O Auto da Barca do Inferno e O Velho da Horta, que são castigadas por fatos moralmente parecidos.

É uma comédia de caráter e de costumes, que retrata a vida doméstica e envolve tipos psicologicamente bem definidos. A protagonista, Inês Pereira, é uma típica rapariga, leviana, ociosa, namoradeira, que passa o tempo todo diante do espelho, a se enfeitar, tendo em vista um casamento nobre. Por meio dessa personagem, Gil Vicente critica as jovens burguesas, ambiciosas e insensatas. Criticas também na figura de Brás da Mata, o falso escudeiro, tirano e ambicioso, malandro, galanteador, bem-falante e bom cantante, superficial e covarde. As alcoviteiras, alvo freqüente da sátira de Gil Vicente, têm na fofoqueira Lianor Vaz mais um tipo inesquecível da galeria gilvicentina. A classe sacerdotal também é satirizada. Os judeus casamenteiros, Latão e Vidal,  aparecem com seu linguajar e atitudes característicos. Gil Vicente esmera-se em compor o contraste entre Pero Marques, o primeiro pretendente, camponês rústico, provinciano, meio bobo, mas honesto e com boas intenções, e Inês Pereira, calculista, frívola e ambiciosa - uma rapariga fútil e insensata, a quem a experiência acabou ensinando a sua lição de vida.

Acreditando que a atitude da protagonista – expressa, inclusive, a partir de seu discurso - simboliza os valores de um mundo em transição, propiciando uma reflexão acerca das mentalidades medieval e pré-renascentista, nosso estudo propõe uma análise do auto em questão à luz dessa transição, em seus aspectos histórico, social e linguístico, no olhar desse escritor situado entre dois mundos, sobretudo no que se refere ao papel da mulher.

Fonte: www.passeiweb.com   Acesso em: 20/05/2013

Ideologia: Medievalismo, Humanismo e Renascentismo.


Homem Vitruviano - Desenhado por Leonardo da Vinci 


O teatro de Gil Vicente mostra o bifrontismo da época, ou seja, a convivência de resíduos medievais, que apresentavam antecipações renascentistas. A propagação da cultura clássica e do pensamento científico confrontou-se com a intolerância religiosa, onde na metade do século XVI, impôs uma censura bruta. É impossível de acreditar que D. Manuel e D. João II, aceitaram que as obras suspeitas em matéria de fé fossem representadas e aplaudidas pela corte. 
Não se pode duvidar da posição religiosa do dramaturgo, pois ele nunca colocou em dúvida a verdade da fé cristã, “divulgou” a devoção a Nossa Senhora, cria na confissão dos pecados e na existência do purgatório. Com isso ele acabou se afastando da reforma luterana e mostrou uma visão conservadora, teocêntrica e medieval, tanto da sociedade como da vida, realizando assim uma passagem para o Renascimento. 
Ele foi considerado um humanista com grande capacidade de observação e um grande espírito crítico, fazendo com que ele se afastasse do teocentrismo dogmático e lançasse no inferno o frade folgazão do Auto da Barca do Inferno, atacando assim o negócio das indulgências, à atribuição de fenômenos naturais à intervenção direta de Deus, o mundanismo da corte pontifícia, a dissolução dos costumes do clero e o culto supersticioso.
Como ele foi considerado humanista, ele acabou por praticar a tolerância religiosa, representando com muita simpatia o dia a dia de uma família judaica, na sua obra o Auto da Lusitânia, onde enviou uma carta ai rei, defendendo os judeus.
Então, a arte de Gil Vicente aproxima-se da arte manuelina, por causa da combinação de elementos que eram tirados da realidade portuguesa do Quinhentismo e com um traço estruturalmente gótico, em suas obras, como autos e farsas estão: 

1. O medievalismo e o classicismo;
2. Aspectos épicos, líricos e burlescos;
3. As figuras do Velho Testamento e os heróis lendários de Roma e da Grécia;
4. Divindades mitológicas e a Virgem Maria;
5. Anjos, demônios e homens e mulheres;
6. Reis fidalgos, altos prelados e parvos, pessoas que bebiam muito e prostitutas;
7. Nobres orgulhosos e fidalgos decaídos;
8. Judeus, ciganos, mouros, pretos, comerciantes, artesãos;
9. Marinheiros e soldados a caminho do Ultramar;
10. Damas da corte, moçoilas casadoiras, camponesas ingênuas, esposas infiéis, alcoviteiras e caftinas;
11. As festas palacianas e as cantigas e bailados folclóricos;
12. Linguagem culta da elite, a linguagem “caipira” dos camponeses e a linguagem desbocada das ruas;
13. A língua portuguesa, o castelhano, o dialeto saiaguês, o latim eclesiástico e forense, frases feitas, provérbios, imprecações e o linguajar típico de cada grupo social. 

Fonte: www.colegioweb.com.br     Acesso em: 16/05/2013

Classificação de suas obras

Ilustração de Gil Vicente


No teatro de Gil Vicente houve bastantes dificuldades, entre o entrelaçamento de gêneros, formas, fontes, motivos, diversidades formal e temática. Em 1562 foi publicada uma obra que foi organizada pelo filho do autor (Luis Vicente), chamada de A Copilaçam de Todalas obras de Gil Vicente, que classifica suas peças em cinco categorias: 
• Assuntos religiosos (peça de devoção)
• Assuntos com várias composições bem menores (comédias, tragicomédias, farsas e obras meúdas), que passavam por uma censura por não serem aceitas pela sociedade e por ser classificado como obras defeituosas e não atenderem a critérios.
Na obra Gil vicentina, são diferenciados alguns gêneros teatrais por Antônio José Saraiva e Oscar Lopes. 
Vejamos:
a)      Os autos pastoris: Monólogos ou diálogos de pastores à maneira de Juan del Encina.
b)     Os autos de moralidade: Nascimento ressurreição de Cristo que foram diretamente inspirados da Bíblia.
c)      Os autos cavalheirescos: Cenas de episódios sentimentais cavalheirescos, ao gosto da corte.
d)     As farsas: é criado a partir de um flagrante de uma vida típica de uma pessoa, ou sucessão de quadros cômicos que são sem ligação. Ex.: A farsa de Inês Pereira e O Velho da Horta.
e)      As alegorias de tema profano ou fantasias alegóricas:envolvia cenas de farsas, romance e canções.


Os sermões burlescos e os monólogos são ainda diferenciados entre si, entre várias outras. 
Gêneros principais, cronologia e evolução.
Os autos: são inspirados em mistérios e moralidades medievais, com seres não individualizados com própria psicologia, são símbolos que personificam anjos, demônios, virtudes, vícios e etc. Gil Vicente foi acrescentando aos seus autos uma dimensão bastante polêmica e satírica que era unida com a Luxúria, a Avareza o Trabalho e a Comunhão, ou seja, representava toda a sociedade no começo do Renascimento.
As Farsas: são bastante usadas para críticas através do riso, desnudam as mazelas da sociedade pré-renascentista. Retratam os tipos humanos e sociais, por meio da exploração de efeitos cômicos. 


A distribuição cronológica de suas peças:
• Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação (1502)
• Auto Pastoril Castelhano (1502)
• Auto dos Reis Magos (1503)
• Auto de São Martinho (1504)
• Quem Tem Farelos? (1505)
• Auto da Alma (1508)
• Auto da Índia (1509)
• Auto da Fé (1510)
• O Velho da Horta (1512)
• Exortação da Guerra (1513)
• Comédia do Viúvo (1514)
• Auto da Fama (1516)
• Auto da Barca do Inferno (1517)
• Auto da Barca do Purgatório(1518)
• Auto da Barca da Glória (1519)
• Cortes de Júpiter (1521)
• Comédia de Rubena (1521)
• Farsa de Inês Pereira (1523)
• Auto Pastoril Português (1523)
• Frágua de Amor (1524)
• Farsa do Juiz da Beira (1525)
• Farsa do Templo de Apolo (1526)
• Auto da Nau de Amores (1527)
• Auto da História de Deus (1527)
• Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela (1527)
• Farsa dos Almocreves (1527)
• Auto da Feira (1528)
• Farsa do Clérigo da Beira (1529)
• Auto do Triunfo do Inverno (1529)
• Auto da Lusitânia, intercalado com o entremez Todo-o-Mundo e Ninguém (1532).
• Auto de Amadis de Gaula (1533)
• Romagem dos Agravados (1533)
• Auto da Cananea (1534)
• Auto de Mofina Mendes (1534)
• Floresta de Enganos (1536

Fonte: www.colegioweb.com.br   Acesso em: 16/05/2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Quem foi Gil Vicente?





Gil Vicente é considerado o primeiro grande dramaturgo português. Além de escrever teatro, também foi músico, ator e encenador. De uma forma geral é considerado o pai do teatro português ou até mesmo do teatro ibérico. A data de seu nascimento é incerta, mas especula-se que tenha sido por volta de 1465 em Guimarães, tendo seu falecimento por volta de 1536 em um local desconhecido.
Ourives e também mestre da balança Casa da Moeda de Lisboa, iniciou seu teatro 1502, quando na noite de 7 de Junho, recitou o Monólogo do Vaqueiro, no quarto de D. Maria de Castela, segunda esposa de D. Manuel e filha dos reis católicos D. Fernando e D. Isabel, para saudar o nascimento de D. João III, que havia acabado de nascer.   
Autor de mais de quarenta peças, Gil Vicente ficou conhecido pela qualidade de suas obras. Durante 34 anos, Gil Vicente produziu textos teatrais de temas e estruturas variados e algumas poesias. Ao todo foram 46 peças, e entre elas 11 em Castelhano e 16 bilíngues.