quarta-feira, 22 de maio de 2013

Classificação de suas obras

Ilustração de Gil Vicente


No teatro de Gil Vicente houve bastantes dificuldades, entre o entrelaçamento de gêneros, formas, fontes, motivos, diversidades formal e temática. Em 1562 foi publicada uma obra que foi organizada pelo filho do autor (Luis Vicente), chamada de A Copilaçam de Todalas obras de Gil Vicente, que classifica suas peças em cinco categorias: 
• Assuntos religiosos (peça de devoção)
• Assuntos com várias composições bem menores (comédias, tragicomédias, farsas e obras meúdas), que passavam por uma censura por não serem aceitas pela sociedade e por ser classificado como obras defeituosas e não atenderem a critérios.
Na obra Gil vicentina, são diferenciados alguns gêneros teatrais por Antônio José Saraiva e Oscar Lopes. 
Vejamos:
a)      Os autos pastoris: Monólogos ou diálogos de pastores à maneira de Juan del Encina.
b)     Os autos de moralidade: Nascimento ressurreição de Cristo que foram diretamente inspirados da Bíblia.
c)      Os autos cavalheirescos: Cenas de episódios sentimentais cavalheirescos, ao gosto da corte.
d)     As farsas: é criado a partir de um flagrante de uma vida típica de uma pessoa, ou sucessão de quadros cômicos que são sem ligação. Ex.: A farsa de Inês Pereira e O Velho da Horta.
e)      As alegorias de tema profano ou fantasias alegóricas:envolvia cenas de farsas, romance e canções.


Os sermões burlescos e os monólogos são ainda diferenciados entre si, entre várias outras. 
Gêneros principais, cronologia e evolução.
Os autos: são inspirados em mistérios e moralidades medievais, com seres não individualizados com própria psicologia, são símbolos que personificam anjos, demônios, virtudes, vícios e etc. Gil Vicente foi acrescentando aos seus autos uma dimensão bastante polêmica e satírica que era unida com a Luxúria, a Avareza o Trabalho e a Comunhão, ou seja, representava toda a sociedade no começo do Renascimento.
As Farsas: são bastante usadas para críticas através do riso, desnudam as mazelas da sociedade pré-renascentista. Retratam os tipos humanos e sociais, por meio da exploração de efeitos cômicos. 


A distribuição cronológica de suas peças:
• Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação (1502)
• Auto Pastoril Castelhano (1502)
• Auto dos Reis Magos (1503)
• Auto de São Martinho (1504)
• Quem Tem Farelos? (1505)
• Auto da Alma (1508)
• Auto da Índia (1509)
• Auto da Fé (1510)
• O Velho da Horta (1512)
• Exortação da Guerra (1513)
• Comédia do Viúvo (1514)
• Auto da Fama (1516)
• Auto da Barca do Inferno (1517)
• Auto da Barca do Purgatório(1518)
• Auto da Barca da Glória (1519)
• Cortes de Júpiter (1521)
• Comédia de Rubena (1521)
• Farsa de Inês Pereira (1523)
• Auto Pastoril Português (1523)
• Frágua de Amor (1524)
• Farsa do Juiz da Beira (1525)
• Farsa do Templo de Apolo (1526)
• Auto da Nau de Amores (1527)
• Auto da História de Deus (1527)
• Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela (1527)
• Farsa dos Almocreves (1527)
• Auto da Feira (1528)
• Farsa do Clérigo da Beira (1529)
• Auto do Triunfo do Inverno (1529)
• Auto da Lusitânia, intercalado com o entremez Todo-o-Mundo e Ninguém (1532).
• Auto de Amadis de Gaula (1533)
• Romagem dos Agravados (1533)
• Auto da Cananea (1534)
• Auto de Mofina Mendes (1534)
• Floresta de Enganos (1536

Fonte: www.colegioweb.com.br   Acesso em: 16/05/2013

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